15 de novembro de 2017

Livro Pai, ensinas-me a poupar?

Se ensinarmos aos nossos filhos a poupança eles serão no futuro adultos financeiramente mais equilibrados. Noções como desperdício e poupança podem ser bastante úteis às crianças desde muito cedo.


Pai, ensinas-me a poupar? Um livro que ensina aos mais pequenos a arte da poupança

Pai, porque é que o dinheiro se chama dinheiro? Uma pergunta inesperada, de filha para pai, que abre portas ao mundo de Paulo Jorge Silveira Ferreira e Sílvia Alambert. Um livro solidário que conta uma história bem diferente, pelos porquês da pequena Ana Raquel e com uma ajuda extra e interativa da aplicação, para smatphones, “Primeira Poupança”.

Era uma vez um pai preocupado, que queria ensinar conceitos de educação financeira à sua filha mais nova. Era uma vez um livro que chegou às livrarias de todo o país e ao planeta cibernético www.reidoslivros.pt, pronto para ser contado.

Esta é uma incrível visão que ensina e diverte as crianças de hoje, adultos de amanhã, sobre ideias que de outra forma poderiam não entender. Paulo Ferreira acredita que "Se ensinarmos as crianças a poupar, teremos um mundo verdadeiramente diferente. Muitas das decisões que vão ter de fazer, partem de noções tão importantes como o desperdício ou a poupança, que podem ser descomplicadas”. Eles estão mais preparados do que possa pensar. "Não se iniba de falar com os seus filhos sobre estes assuntos. Seja um exemplo para ele.”

Este professor e pai, dá-lhe uma nova forma de transmitir ao seu filho, o porquê de sair de casa todos os dias para trabalhar. E, para tornar tudo mais divertido, terá a seu dispor uma aplicação: Primeira Poupança, feita para acompanhar e incentivar a leitura, com a conquista de “moedas” virtuais que podem ser usadas para comprar uma lista de desejos, tal como no mundo real.

O autor conversa com a sua filha, aluna na escola primária, a quem responde a algumas questões: o que é o dinheiro, para que serve, receitas e despesas, orçamento, direitos, deveres do consumidor. Convidando todas as gerações a aprender, voando além-fronteiras, por via da sua co-autora, Silvia Alambert, educadora financeira no Brasil.

E, como esta é uma obra solidária, por cada livro que comprar, estará a contribuir com 1,5€, para duas instituições que moveram as vidas de Paulo e Sílvia. Em Portugal, para a equipa local de intervenção nº1 de Évora/Cercidiana. No Brasil, direcionado para a Associação Cruz Verde, uma entidade de referência em paralisia cerebral grave, escolhida por Sílvia Alambert.

Disponível nas livrarias e aqui.

20 de outubro de 2017

Incêndios: Entrevista a Gonçalo Ribeiro Telles


Gonçalo Ribeiro Telles: Esta entrevista tem 14 anos mas podia ter sido dada hoje


Nos primeiros 15 dias de agosto de 2003 arderam cerca de 300 mil hectares no nosso País. Os fortes incêndios de Oleiros, Sertã e Aljezur fizeram as manchetes dos jornais (e da VISÃO) e os temas são sempre os mesmos: a floresta de eucaliptos e pinheiros, as falhas da proteção civil, a falta de condições de trabalho dos nossos bombeiros. Passaram 14 anos e continuamos a falar do mesmo. Por isso esta entrevista que, na altura, fizemos a Gonçalo Ribeiro Telles, arquitecto paisagista e “pai” do ecologismo português, não perdeu um pingo de atualidade. Vale a pena voltar a ler as suas palavras e perceber como nada aprendemos com a História, nenhuma lição retiramos dos nossos erros, continuando ano após ano na permissividade da celebração do eucaliptal.

VISÃO: Quais são as causas desta calamidade?

GONÇALO RIBEIRO TELLES: A grande causa é um mau ordenamento do território, ou seja, a florestação extensiva com pinheiros e eucaliptos, de madeira para as celuloses e para a construção civil. O problema foi uma má ideia para o País, a de que Portugal é um país florestal. Lançou-se a ideia de que, tirando 12% de solos férteis, tudo o resto só tem possibilidades económicas em termos de povoamentos florestais industriais.

V: De onde vem essa ideia?

GRT: É uma ideia antiga que começou nos anos 30 com a destruição, também por uma floresta extensiva, das comunidades de montanha do Norte de Portugal, que tinham a sua economia baseada na pecuária. As dificuldades por que passava a agricultura deram origem a que se quisesse transformar grandes áreas do País, já são 36%, em florestas industriais. Esta campanha transformou a silvicultura, que era a profissão básica, numa profissão de florestal, para dar resposta aos grandes interesses económicos. Houve ainda outra campanha, a do trigo, em que se organizou o País em função desta cultura, que tinha por base o mito da independência de Portugal em pão. Além das terras para o trigo, tudo o resto, num sistema de agricultura economicista, tem que ser floresta, produção de madeira. O resultado está à vista.

V: Passámos então a ser um País florestal.

GRT: Os romanos dividiam o território em três áreas, além da urbe: o ager, que era o campo cultivado intensamente; o saltus, a pastagem, a agricultura menos intensiva; e a silva, a mata de produção de madeira e de protecção. Todo esse ordenamento foi transformado, acabou-se com a silvicultura e começou o culto da floresta, que não temos. Se formos ao campo perguntar onde fica a floresta, eles só conhecem a do Capuchinho Vermelho, porque o que têm na sua terra são matas, matos, etc. No século XIX, o pinheiro bravo veio para responder às necessidades do caminho-de-ferro que estava em lançamento. Mais tarde é que vem a resina, a indústria da madeira e a celulose. O pior é que se transformou o País num território despovoado e que, dadas as características mediterrânicas, arde com as trovoadas secas.


V: Como deve ser reordenado o território?

GRT: O País está completamente desordenado. Por um lado, uma política agrícola que não considera o mosaico mediterrânico, com agricultura, pecuária, regadio e horticultura, os matos, as matas, todo um mosaico interligado e ordenado. Em Mação, por exemplo, aquela população vivia tradicionalmente da agricultura que fazia nos vales e nas naves.

E na serra existiam os matos pastados pelas cabras, pelos bovinos. Dos matos retirava-se o mel, a aguardente de medronho, a caça e as aromáticas.
A França, nas zonas de mato, tem uma política de aromáticas de abastecimento da indústria de perfumes. A questão, hoje, é criar uma mata que produza madeira, mas que se integre nos agro-sistemas, uma paisagem sustentada, polivalente e nunca repetir, como já querem, a plantação de eucaliptos e de pinhal. As populações estão fartas disso e devem ser chamadas a depor. E tem que haver duas intenções ecológicas fundamentais: a circulação da água e a circulação de matéria orgânica, aproveitando-a para melhorar as capacidades de retenção da água do solo.

V: A excessiva divisão do território (em meio milhão de proprietários) dificulta as limpezas florestais?

GRT: A limpeza da floresta é um mito. O que se limpa na floresta, a matéria orgânica? E o que se faz à matéria orgânica, deita-se fora, queima-se? Dantes era com essa matéria que se ia mantendo a agricultura em boas condições e melhorando a qualidade dos solos. E, ao mesmo tempo, era mantida a quantidade suficiente na mata para que houvesse uma maior capacidade de retenção da água.

Com a limpeza exaustiva transformámos a mata num espelho e a água corre mais velozmente e menos se retém na mata, portanto mais seco fica o ambiente.

V: Se as matas estivessem bem limpas ardiam na mesma?

GRT: Ardiam na mesma e a capacidade de retenção da água não se dava, passava a haver um sistema torrencial. A limpeza tem que ser entendida como uma operação agrícola. Mas esta floresta monocultural de resinosas e eucaliptos, limpa ou não limpa, não serve para mais nada senão para arder. Aquela floresta vive para não ter gente. Se houvesse lá mais gente aquilo não ardia assim.

V: Defende uma mata com que tipo de madeiras?

GRT: Madeiras para celulose é difícil porque temos agora uma forte concorrência no resto do mundo. Os eucaliptais, para serem mais rentáveis, só poderiam sê-lo no Minho que é onde chove mais de 800 ml ao ano. O eucalipto precisa de muita água e Portugal não pode concorrer com o Brasil e a África em termos de custo. Só se transformarmos o Minho num eucaliptal. Pode-se optar pelas madeiras de qualidade da cultura mediterrânica como todos os carvalhos, o sobreiro, a azinheira e pinhais criteriosamente distribuídos.

V: Não são tão rentáveis...

GRT: O carvalho, por exemplo, acompanha toda uma panóplia de rendimento como a cortiça, a pecuária, a produção do mel, das aromáticas, a caça.

V: Há uma visão limitada do que pode ser rentável na floresta?

GRT: É muito bom para as celuloses e muito mau para as populações e para o País, que está devastado. O mundo rural foi considerado obsoleto, como qualquer coisa que vai desaparecer. Veja-se o disparate que foi a política de diminuição dos activos na agricultura. Contribuiu para o aumento dos subúrbios, dos bairros de lata, da emigração. Trouxe alguma coisa melhor para a província? Não. Apenas um grande negócio para as celuloses e para os madeireiros.

V: As populações estão alertadas para essa multiplicidade de culturas?

GRT: Completamente alertadas; quem parece que não está são os políticos e os técnicos. Porque se perderam numa floresta de «números». Quem conhece as estatísticas diz que somos o terceiro país da Europa em número absoluto de tractores, só ultrapassados pela Alemanha e pela França. Somos um país de tractores porque os subsídios dão para isso, porque interessa à importação dessa maquinaria toda. As pessoas foram levadas a investimentos, em nome do progresso, que não tinham qualquer racionalidade.

V: No caso de se aumentarem as áreas agrícolas, temos agricultores para tratar delas?

GRT: Temos. Estão desviados, foram convencidos de que eram uns labregos. Houve toda uma política de desprestígio do mundo rural tendo por base a ideia de que era inferior ao mundo urbano. Despovoámos os campos e essa gente toda veio para a cidade. Hoje, enfrenta o desemprego. Esqueceram-se que o homem do futuro vai ser cada vez mais o homem das duas culturas, da urbana e da rural. Hoje, 30% das pessoas que praticam a agricultura económica na Europa não são agricultores. É gente que vive na cidade, tem lá o seu escritório e tem uma herdade no campo onde vai aos fins-de-semana. A expansão urbana aumenta e não podemos viver sem a agricultura senão morremos à fome.

V: Que pode fazer o Estado, uma vez que 84% da nossa floresta está nas mãos dos proprietários?

GRT: Pode fazer planos integrados de ordenamento da paisagem. O Estado não domina totalmente a expansão urbana quando quer, não faz planos gerais de urbanização? Não se devia poder plantar o que se quer porque também não se pode construir o que se quer. Constrói-se mal porque, às vezes, o Estado adormece. Faltam planos gerais de ordenamento de paisagem, que a actual legislação não contempla, apesar de já ter instituído a Estrutura Ecológica Municipal através do Decreto-Lei 380/99. A Lei de Bases do Ambiente tem os conceitos e os princípios para um plano de ordenamento de paisagem, está lá tudo escrito, mas nunca foram regulamentados.

V: A actual legislação favorece as monoculturas?

GRT: Favorece porque a chamada «modernização» da agricultura é um escândalo de incompetência. As universidades de Agronomia em Portugal tiveram um período de grande pujança intelectual no fim do século XIX e no princípio do século XX. Agora, parece terem-se rendido ao economicismo.


V: Deve o Estado apoiar com subsídios e benefícios fiscais?

GRT: Com certeza. O proprietário está com a corda na garganta, faz aquilo que lhe der dinheiro já para o ano. Por isso, têm que se estabelecer limites e normas a sistemas, não a culturas, mas sem tirar às pessoas a liberdade de correr riscos.

V: E promover o associativismo florestal, como em Espanha, por exemplo?

GRT: Abrimos um bom caminho com as «comunidades urbanas» que estão na forja, pequenas áreas metropolitanas de freguesias e aldeias, acho muito bem. Estamos numa cultura mediterrânica e não se pode traduzir o desenvolvimento em unidades economicistas de produção em grande volume de dois ou três produtos. É da polivalência, da multiplicidade de produtos e da harmonia da paisagem que resulta a possibilidade de ter uma população instalada em condições de dignidade.

Essas comunidades é que deverão fazer a síntese de todos os interesses. Porque quando começamos a destacar os interesses por sector, a visão sistémica desaparece e os interesses da comunidade passam para empresas que ultrapassam as suas fronteiras comprometendo a sustentabilidade da região.

Não defendo que haja um sector agrícola e um sector florestal, para mim é exactamente o mesmo: a agricultura completa a floresta e a floresta completa a agricultura.

V: O Partido Socialista voltou a falar da regionalização como forma mais eficaz de ordenar o território. Concorda?

GRT: Defendi uma regionalização há muito tempo, que deu origem a um documento de que os grandes partidos fizeram muita troça. Dividia o País em cerca de 30 regiões naturais, áreas de paisagem ordenada, que estavam já organizadas histórica e geograficamente.
São as terras de Basto, as terras de Santa Maria, as terras de Sousa, a Bord'água do Tejo, etc. O País é isso e não é outra coisa. Esta regionalização podia contribuir para a efectivação dos planos de ordenação da paisagem, com uma participação democrática das respectivas populações.

V: O Governo acordou tarde para a calamidade dos incêndios?

GRT: Que podia o Governo fazer? O mal vem de longe. Mas não estou seguro de que se vá enveredar agora pelo caminho certo. Já estão a dizer que querem reflorestar tudo como estava. Fico horrorizado quando ouço isso. Significa que querem voltar aos pinheiros e aos eucaliptos. Perguntem às vítimas dos incêndios que ficaram sem as casas se querem outra vez pinheiros à porta. Destruíram as hortas... Porque ardem as casas? Porque o pinheiro está no quintal.

V: Olhando para o futuro, os incêndios podem constituir uma oportunidade para se reorganizar o território?

GRT: Também o terramoto permitiu que o Manuel da Maia, a mando do Marquês de Pombal, fizesse a Baixa lisboeta. Não desejo um terramoto, mas não percam esta oportunidade. O futuro do País e da sua identidade cultural e independência está em causa.

Alexandra Correia
Jornalista

(Entrevista publicada na VISÃO 545, de 14 de Agosto de 2003)

4 de agosto de 2017

Agora estamos bem, depois não sabemos...



O dia foi muito agitado.
Com muitas emoções.

Começou com a calma e tranquilidade de um dia de férias sem obrigações.

Quem disse que não há praias desertas no Algarve?

Acordar relativamente tarde, conforme os miúdos permitiram, tomar um bom pequeno almoço e finalizar os preparativos para a praia.

Colocar as sandes de humburguer preparadas de véspera na geleira, assim como água, sumos e fruta. Reunir a matilha e sair com miúdos e cão para o carro que nos leva até à praia.

Deixar família junto ao passadiço da lagoa, encontrar estacionamento e deixar o carro à espera do nosso regresso.

Passar a lagoa para a Praia Grande. Extensão de areia não vigiada, onde nos permitimos levar o mais recente membro desta família para o segundo dia de praia.

Tommy, arraçado de labrador, adotado há duas semanas, já se porta com um cachorro bem educado. Passeia ao nosso lado sem puxar a trela e guarda as suas aflições para os passeios fora de casa. Adaptou-se a nós, e nós a ele, como se sempre aqui tivesse estado. Como se sempre tivesse pertencido nas nossas rotinas.

Adora as crianças que são incansáveis com ele. Mostra uma predileção pela mais velha, que não o larga por um minuto. Na verdade, nem ele a ela.

Ontem, a miúda não podia sair da beira mar para ir buscar comida, que ele não a seguisse com o olhar, as orelhas e o corpo preparado para largar a correr para ela. Apenas a trela na minha mão o impedia, ao que respondia com um choro de cachorro, só ultrapassado com o regresso da sua preferida.

Hoje farejou todo o caminho. Todas as ervas e rastos de animais. Cada um com a sua toalha, eu com a comida para todos e ela com o Tommy pela trela.

Conquistamos o areal. Assentámos poiso na zona híbrida e fresca da areia húmida da maré da véspera.

Rapazes correm para a beira mar onde iniciam as suas construções civis. Piscinas, muros e pontes. Grandes construções em areia efémera que os absorvem durante horas, nestes dias infindáveis de praia só oferecidos pelas férias grandes.

Passado um bocado vi-me dentro de uma ambulância a caminho do hospital.

Por vezes estamos tão bem, que nem nos passa pela cabeça que tudo possa mudar de um momento para o outro.

Agora podemos estar bem, mas nunca sabemos o que a próxima hora nos reserva.


26 de julho de 2017

Tommy: A rosa e os espinhos


A vida continua cheia de emoções na família que adota mais um elemento.

Os miúdos estão mais felizes que nunca, mais calmos e tranquilos e acima de tudo, mais responsáveis. Diariamente escovam o cão. Levam-no a passear várias vezes ao dia. Ainda estamos naquela fase de treino de xixis e cocós na rua.

A tradicionalmente (demasiado) barulhenta hora das refeições tornou-se num momento de tranquilidade para esta família de quatro alminhas e um cão. As crianças comem tranquilamente, sem dar pontapés ou cotoveladas aos irmãos, sem se empurrarem e sem se levantarem. Tudo em nome do bem estar do novo elemento da família que deitado ao lado da mesa de jantar, se assusta com gritos e movimentos bruscos. De repente esta família como tantas outras parece uma família modelo, daquelas das revistas cor de rosa (é melhor aproveitar antes que acabe...).

Como no melhor pano caí a nódoa, o senhor Tommy ontem fez das suas.
Fiquei zangada. Ralhei e não mostrei os dentes. Ficou de orelhas encolhidas e corpo colado ao chão.
Tinha acabado de mudar a minha cama de lavado, quando a encontro com uma mancha molhada... Seriam os miúdos que ali deixaram um fato de banho molhado da piscina? Não... O senhor Tommy tinha resolvido "marcar o território". Nunca o deixei subir para a minha cama, mas mal me apanhou pelas costas, na ausência de cheiro a gente, resolveu reclamar para si aquele novo e fofo território... Lá deixou o seu xixi... Por cima de lençol e edredão... (sim, eu friorenta me confesso, não dispenso tapar-me com um edredão... nem no verão). O sangue subiu-me à cabeça, fiquei com as bochechas a ferver. Mas, calmamente ralhei com ele. Ele, esperto como só ele, percebeu tudo muito bem. Pediu-me desculpa um milhão de vezes... Deu-me a pata, encolheu as orelhas e refugiou-se na sua cama. Eu, apesar de me apetecer abraçá-lo e fazer-lhe festas, mantive-me firme e distante (já são muitos episódios de Dog Whisperer no papo). Acho que aprendeu a sua lição. Vamos ver... O futuro o revelará. Eu eu aqui darei conta das emoções desta família e seu recém chegado Tommy.

Prevejo que uns dias sejam mais rosa, outros mais espinhos.



24 de julho de 2017

Amigos apresento-vos o Tommy


Olá amigos, apresento-vos o Tommy.

O Tommy é um cão amoroso que acabamos de adotar.
Tem cerca de 2 anos e infelizmente vivia num canil, onde era muito bem tratado por cerca de 60 voluntários, que o passeavam e enchiam de mimos.

Ainda assim, por muito bem tratado que possa ser num canil, nada se compara ao aconchego de ter uma família. Pelo meu lado, procurava um novo amigo que fizesse companhia e ensinasse os miúdos a assumir responsabilidades.

Já tinha perdido a conta às vezes que eles pediam um cão. Nos aniversários, no Natal e sempre que lhes perguntávamos que presente queriam.

Chegou finalmente a hora de realizar este sonho. Deles e meu.
Resolvemos adotar um cão que procurasse uma família. Encontrámos O Tommy, um cão meigo, amigo de crianças e com imensa energia.

Se tem todas estas qualidades também tem o seu senão. Cão de canil, não está habituado a ir à rua fazer as necessidades. Um desafio, educar um cão com 2 anos.

O Tommy além de meigo demonstrou ser muito inteligente e rápido na aprendizagem. Ao fim de uma hora os miúdos já lhe tinham ensinado a sentar e a dar a pata. Começámos por o levar muitas vezes à rua para se habituar a fazer os xixis e cocós fora de casa. Se nas duas primeiras noites nos deixou um xixi em casa, na terceira noite já conseguiu guardar tudo para o primeiro passeio do dia!

Ainda estamos em processo de adaptação. Sei que nem tudo serão rosas. Ou serão, mas com espinhos. Mas estou preparada para repetir os ensinamentos uma e outra vez, até o meigo Tommy dominar as regras de bom comportamento. Até vos digo, pela amostra, é mais fácil ensinar este cão a portar-se bem do que aos meus filhos!

Uma questão, adivinhem quem fica mais rapidamente sem energia, o Tommy ou os meus 3 filhos?


2 de junho de 2017

Não fazer aos outros o que não gostas que te façam a ti


Hoje foi um dos dias que tive de voltar a ler este texto.
Há dias difíceis, são o acumular de semanas e meses difíceis. Nestas alturas, por muito que não queiramos vamos a baixo. Ficamos sem forças para responder aos desafios diários como o que deveríamos fazer.

Nos momentos em que mais preciso de ajuda é quando me fecho na minha concha. Mesmo sem querer afasto os que melhor me querem e que poderiam ser o meu melhor suporte nas alturas difíceis. À minha fragilidade acrescento a solidão de ver afastados os meus entes mais queridos.

Tenho de conseguir reagir melhor a estas situações. Já sou uma mulher com mais de quarenta anos. Preciso de ter o discernimento de não afastar os mais próximos, por muito mal que me sinta, cansada possa estar ou esgotada. É mais fácil dizê-lo do que fazê-lo. Por isso é importante escrever. Para que mais tarde possa voltar a ler.

Há lições de vida que nos custam a aprender. Só nos prejudicamos com isso. Se não conseguirmos aprender e integrar, a vida encarrega-se de nos oferecer problemas maiores de forma a termos uma nova oportunidade de aprender e fazer melhor.

Já passei por muitos obstáculos, sem nunca desistir. Não será agora que baixarei os braços. Lutarei com todas as forças que tenho e com aquelas que ainda terei de arranjar. Tudo não passa de uma nova provação, de uma nova oportunidade para me manter firme e fiel aos meus valores.

Não será por me fazerem mal que eu retribuirei esse mal a quem mo inflige. Preciso de me manter ereta, de coluna firme e honesta. Se alguém não procede bem, eu irei agir da melhor forma possível até ao fim.

Sempre vivi com o lema "Não fazer aos outros o que não gostas que te façam a ti". Não vai ser agora que agirei de forma diferente.


24 de maio de 2017

Paula com segundo nome

Depois de ler este texto da Ana Garcia Martins, autora do blog A Pipoca Mais Doce, sobre ter ou não um segundo nome, constato também...

Eu sou Paula com segundo nome...

Quem nascia nos anos 70 não se safava de um segundo nome.
Feliz ou infelizmente o Maria já não era obrigatório, abrindo todo um leque de criatividade para a escolha do segundo nome.

Quase fui Ana Paula, mas dessa livrei-me (Desculpem-me as Ana Paula deste país, mas cada um tem a sua cruz e vocês e eu temos a nossa). Acabei por ficar com Paula com segundo nome, que nunca foi usado, excepto pela minha mãe quando a mostarda lhe chegava ao nariz.

Acabei por abominar tanto o conceito de segundo nome que prometi a mim mesma que nunca o poria aos meus filhos (Porque será que prometemos estas coisas, juntando palavras como para sempre ou nunca?).

Se cumpri o prometido? Cumpri. Pelo menos em dois deles. Ao terceiro sofria do síndrome de privação de sono e já não me lembrava do que comia ao pequeno almoço quanto mais das promessas de infância.

Temos pena.
Espero que o meu caçula não me venha a odiar por isso.

E por aí, doces leitores, também carregam a  cruz do segundo nome? Vão passá-la aos vossos filhos?


18 de maio de 2017

Ovos Cozidos: Quanto tempo?



Como é que gosta de apreciar os seus ovos cozidos? Suaves e com a gema húmida? Ou prefere-os duros com a gema bem seca?

Se fizermos estas perguntas a várias pessoas iremos de certeza obter respostas diferentes.

Depois de muita pesquisa, e experimentação, concluo que prefiro os meus ovos cozidos bem consistentes, mas com alguma humidade na gema. Os 7 a 8 minutos não deixam a gema demasiado seca, ao mesmo tempo que a clara apresenta uma boa consistência.

Qual a vossa preferência?
Deixem a resposta na caixa de comentários.


5 de maio de 2017

IBERANIME LX 2017 no Meo Arena

Iberanime LX2017

Dias 6 e 7 de maio realiza-se no Meo Arena o maior evento de cultura pop japonesa em Portugal que ocorre pela 7ª vez em Portugal. Depois da organização do IBERANIME ter anunciado que os passes de dois dias para o evento já se encontram esgotados, o evento irá, novamente, superar as expectativas da organização com mais de 35 mil pessoas esperadas. Algo que não surpreende os amantes de cultura japonesa já que o cartaz desta edição traz nomes de peso da cultura nipónica como Shigeyoshi Tskahara, Chota Akatsuki, Joe Inoue, o intérprete do quarto tema de abertura de Naruto, Neeko, uma das vozes mais conhecidas do universo anime, ou Nicole Marie Jean, cosplayer, artista, escultora e designer.

Com a bilheteira para os passes de um dia ainda aberta, são muitas as atrações para os dois dias do evento com a oferta nipónica reforçada nesta edição por convidados de renome na área de J-POP, workshops de artes marciais, terapias, origami, língua, caligrafia, concursos de karaoke, Para Para Dance (a célebre dança japonesa a que poucos resistem), com a grande final de Cosplay World Masters e, até, com uma competição de Wrestling com algumas das personagens mais conhecidas de anime e videojogos em cima de um ringue.

O evento que se realiza em Portugal desde 2010 tem sido sempre orientado pela Cultura Japonesa, algo que sempre motivou a organização e os fãs. É por isso que nesta edição, as edições anteriores serão recordadas com o novo #TBIA – throwback IA com várias ações antes do evento e mesmo no local, como é o caso da “A Cápsula do Tempo Iberanime” onde os participantes podem visitar os cartazes, fatos, fotos e materiais de várias edições. No local, existirá mesmo uma cápsula onde os participantes poderão escrever como se vêm no IALX2018, deixar objetos, etc. No fim do evento a caixa será selada em palco.

O evento estará dividido em três áreas, como é já habitual: JPOP, Cultura Japonesa e IA!Plus. JPOP para os verdadeiros fãs das séries de ANIME, dos concursos de cosplay e de manga. As portas do IALX2017 abrem às 10h00 nos dois dias.

14 de abril de 2017

Motivação e Resiliência

Já sinto falta do exercício de escrita diária que desenvolvi neste blog e que tem estado ausente nos últimos meses.

A obrigação, por mim auto-infligida, de escrita diária foi um processo útil na organização de ideias, na busca diária de algo que pudesse ser salientado na minha vida, ou numa sugestão para os leitores.

No entanto, por ter decidido que o blog não seria um espaço de queixas, nem de maldizer, antes um espaço onde sempre tentei registar e salientar as coisas boas da vida. Da minha Vida.

No entanto, há dias, meses e longos períodos em que a nossa vida é uma luta contra problemas familiares, problemas de saúde e em que todas as nossas forças estão focadas na resolução desses problemas.

Problema é ela própria uma palavra que não gostaria que fosse usual neste espaço. Esta tem sido a minha vida no último ano e picos. Tenho tido grandes problemas para aprender a lidar, resolver uns, aceitar outros sem solução.

Por tudo isto, a minha maior ausência deste espaço. Não quero andar a queixar-me de problemas. Não pretendo suscitar pena pois todos temos os nossos próprios desafios e dificuldades . Todos temos as nossas alegrias e as nossas tristezas. Não gosto de carregar os outros com o fardo dos meus problemas.

Prefiro ter um espaço de troca de ideias, onde se salientam as coisas boas da vida, por muito pequenas e insignificantes que possam ser.

Continuo a escolher ser Feliz. Uma escolha diária. Uma opção face aos problemas. Muitos não os posso resolver. Alguns terão solução a seu tempo. Isto é, talvez o tempo os ajude a resolver. Os que dependem de mim tenho tentado resolver.

Um grande problema de cada vez. Para me poder focar e conseguir canalizar energias suficientes para a sua resolução. Quando um destes grandes problemas está resolvido, logo ataco outro. Novamente foco a atenção e a energia no problema seguinte.

Tenho um ou dois desses problemas controlados. Não têm solução. Estou a meio da resolução de outro enorme problema. Possivelmente o mais importante e difícil de resolver de toda a minha vida. Tenho de ter paciência pois o processo leva tempo. Preciso de ser resiliente e não desistir, nem perder a motivação pelo caminho.

E voltar a ler este texto várias vezes para não me esquecer.


12 de abril de 2017

Resiliência


A resiliência é a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas sem entrar em surto psicológico, emocional ou físico, por encontrar soluções estratégicas para enfrentar e superar as adversidades.

29 de março de 2017

Máxima Beauty Summit



É já esta semana, dias 31 de Março e 1 de Abril no Páteo da Galé que a Revista Máxima apresenta o seu Beauty Summit.

O Beauty Summit é um evento dedicado à beleza. E feito a pensar em nós. Para as mulheres que não dispensam uma rotina de cuidado diária com múltiplos passos e produtos. Para as que querem começar a cuidar-se, mas não sabem bem por onde começar. Para as beauty addicts que experimentam todas as amostras que encontram nas revistas. Para quem adora maquilhagem, mas ainda tem medo de arriscar. Para as que não resistem à última novidade na perfumaria, mas também para as que usam a mesma fragrância há anos. E até para aquelas que ainda não perceberam para que serve, afinal, um sérum.

O Beauty Summit é para todas nós. Uma iniciativa dinâmica e experiencial. Uma vi
agem imersiva ao universo da beleza. Um espaço de partilha de experiências e de informação entre mulheres (e alguns homens).



O que pode encontrar no Beauty Summit?

Se pelo nome – Beauty Summit – já está a imaginar produtos de beleza em hologramas, espelhos interativos, apps de beleza e outras coisas do género, está… certa! O Beauty Summit vai ter isso e muito mais. Prepare-se para muitas surpresas!

Na agenda estão também beauty talks com convidadas e testemunhos muito especiais, tutoriais, diagnósticos de pele, demonstrações de produtos, aconselhamentos personalizados e, claro, muitas ofertas.

Uma coisa é certa: não vai mesmo querer perder este evento. Encontramo-nos lá?

Onde? Pátio da Galé, em Lisboa
Quando? Dias 31 de março (19h-23h) e 1 de abril (10h-23h)
Entrada livre

23 de março de 2017

Experimentei e gostei: Eucerin Volume Filler Concentrado


Quem não gosta de receber amostras? Eu adoro. As amostras são sempre uma oportunidade de experimentar novos produtos e descobrir que alguns deles funcionam maravilhosamente connosco.

Foi o caso destas amostras de Eucerin Volume Filler Concentrado que me foram oferecidas na farmácia.





O que diz a marca:

A concentração única de ingredientes activos que, quando usado diariamente em associação com os produtos de cuidado de volume e firmeza, ajuda a restabelecer o volume perdido e a definir os contornos do rosto para um aspecto mais jovem.

Os ingredientes:

Magnolol 

O Magnolol é um ingrediente activo extraído da casca da árvore de Magnólia. Provoca a excreção de uma substância bioactiva que aumenta a síntese de colagéneo e estimula o volume às células da pele, através do "preenchimento" as áreas de volume reduzido.

Oligopéptidos

Os Oligopéptidos fortalecem o tecido conjuntivo da derme, devido a uma síntese de colagéneo melhorada para que a rede dérmica se torne mais forte e mais estável. Os Oligopéptidos são extraídos de frutas e sementes da planta de Anis, originalmente cultivada pelas suas propriedades benéficas para a pele.

Ácido Hialurónico

O Ácido Hialurónico é uma substância criada dentro do corpo, que forma parte do tecido conjuntivo da pele. Uma das funções mais importantes é a retenção de água e a capacidade de ligar-se a 30 vezes o seu próprio peso molecular em água. À medida que envelhecemos, a capacidade natural da pele em produzir Ácido Hialurónico esgota-se e as rugas começam a formar-se e a aprofundar-se.


Como funciona:

Os três ingredientes activos combinam-se para actuar e tratar os sinais de perda de volume e definição do contorno em camadas específicas da pele.  O Magnolol aumenta o tamanho e o número das células de volume. Depois, os Oligopéptidos derivados do fruto de Anis fortalecem a rede de colagéneo e aumentam a sua renovação. Por fim, o Ácido Hialurónico aumenta os níveis de retenção de hidratação para uma pele mais volumosa e com menos rugas.




A minha opinião:


Deixa a pele imediatamente mais lisa e uniforme. Tem uma excelente absorção e não fica pegajoso.
Pode usar-se sozinho ou por baixo do creme hidratante. Eu usei sozinho de manhã e antes do creme de noite ao deitar. Gostei da sensação de pele mais lisa e preenchida.



9 de março de 2017

Conversas lá de casa #22


A caminho da escola ouvimos uma referência ao novo filme As Cinquenta Sombras mais Negras.
- Mamã, As Cinquenta sombras de Grey não ganhou o Óscar do pior filme do ano?
- Quando lançaram o primeiro filme desta trilogia o filme recebeu o prémio Razzie como o pior filme do ano. O filme é baseado num conjunto de três livros e cada um dos livros está a ser adaptado ao cinema. Tu sabes qual é o tema do livro?
- Não.
- O livro é sobre sexo e chicotadas.
- Ah!?
- É um tema esquisito. São pessoas que em vez de gostarem de dar beijinhos gostam de dar chibatadas. Lembras-te da Mixórdia de Temáticas que o Ricardo Araújo Pereira fez quando saiu o primeiro filme? Era sobre pessoas que gostavam de chibatadas e depois tinham de por Halibut. Não é tema para alunos do 7º ano... Nem para mais velhos...  nem todos os adultos gostam do tema.
- Um colega meu propôs apresentar esse livro na aula de português, mas a professora não deixou!
- Esse livro não é para a vossa idade!
- E ele ainda disse: - Mas é um romance stora!
- Isso foi mesmo provocação à professora.

Achei melhor explicar, à minha filha de 13 anos, de forma simples e reduzida aquilo que eles ouvem todos os dias na rádio, televisão e em conversas de colegas.

Mais alguém já foi confrontado com perguntas dos filhos sobre as 50 sombras?


8 de março de 2017

Para que serves tu?



Será que antes de casar ou decidir morar com um companheiro as mulheres avaliam realmente o contributo que este companheiro dará na sua vida, ou se irá apenas ser uma parasita doméstico?

Para refletir todos os dias mas especialmente hoje, o Dia da Mulher.


NÃO COZINHAS, NÃO LIMPAS O PÓ, NÃO SABES USAR UM BERBEQUIM. PARA QUE SERVES TU?

¬ E uma camisa, és capaz de passar?
¬ Acho que sim. Não há de ser muito difícil.
¬ Por acaso é. É das coisas mais difíceis de passar a fer­ro, uma camisa. Mas pronto, achas que és capaz?
¬ Se é das coisas mais difíceis, por que é que me pedes para passar precisamente a camisa?
¬ Eu não te estou a pedir. Estou a perguntar se és ca­paz. Calculo que não, mas pergunto à mesma.
¬ Isto parece conversa de malucos.
¬ Eu é que estou a dar em maluca ao ver a quantidade de coisas que tu não sabes fazer. Comecei pelas simples. Já vi que não sabes. Pode ser que sejas bom nas complicadas.
¬ Já te disse que não sei passar a ferro.
¬ Não. Tu disseste que não sabes passar T-shirts nem calças. E quando te perguntei se nunca tinhas aprendi­do, ficaste ofendido. Ora, as calças de ganga devem ser a coisa mais simples de passar a ferro. Mas fácil do que is­so, só se for um lençol. Mas tu, nem isso.
¬ Lembra-me por que é que estamos a ter esta conversa.
¬ Porque namoramos há quatro meses, tu tens mais de 40 anos, já foste casado e eu nunca te vi a mexer uma palha em casa. E agora achei que era boa ideia esclare­cer o assunto.
¬ Porquê agora?
¬ Porque ontem voltaste a falar em vivermos juntos.
¬ O que é que uma coisa tem a ver com a outra?
¬ Deves estar a brincar. Gosto muito de ti, mas achas que vou meter em minha casa uma pessoa que não sabe cozinhar? Que não passa a ferro, não limpa o pó…
¬ Mas tu queres um namorado ou uma empregada?
¬ Eu quero uma pessoa com quem possa partilhar tare­fas. Também quero partilhar a vida, a cama, as refeições, rebeubéu, pardais ao ninho. Isso é tudo muito bonito. Mas tem de ser alguém que se mexa.
¬ Já sabias que não sou muito prendado nas lides da casa.
¬ Eu já sabia que és um menino e que nunca fizeste na­da em casa porque a tua mãe, as tuas irmãs e a vossa em­pregada faziam tudo. Tu e o teu pai eram uns lordes. Mas não sabia que tu nem sequer sabes estrelar um ovo. Pen­sei que não gostasses muito. Mas na verdade não sabes.
¬ Nunca precisei. E vais ficar chateada comigo por causa disso?
¬ Chateada? Eu?! Não. Vou é pensar trinta vezes antes de me meter na aventura de viver contigo. Tu é que es­tás habituado a criadas, não sou eu.
¬ Não sei passar camisas, mas sei fazer outras coisas.
¬ Ah sim? Então quais, ó senhor homem? Estás a fa­lar de bricolage? O que é que tu sabes fazer? Sabes mu­dar uma torneira?
¬ Não, isso não. Para isso chamo um canalizador.
¬ E usar um berbequim? E fazer uma puxada de luz e montar uma tomada? E tapar uns buracos na parede para a pintar? Sabes? Se me vais dizer que és um artista a mudar lâmpadas, eu vou-me rir. Porque isso faço eu. Isso e as outras coisas todas. E também escusas de dizer que sabes aparar a relva porque eu não tenho quintal.
¬ Sei tratar do carro. Sabes fazer isso?
¬ Tratar de um carro? Correias de distribuição, folgas nos foles, ignição, discos de travão…? Isso não conta para o currículo de casa. Para isso vou a um mecânico.
¬ Estás mesmo a ponderar o nosso futuro em função do que eu faço em casa?
¬ Estou. E se outras mulheres fizessem o que eu estou a fazer, poupavam muitos dissabores. Para tua informação, sintonizar os canais da televisão e garantir que es­tá tudo bem com o wi-fi não é grande ajuda hoje em dia.
¬ Se calhar devias queixar-te à minha mãe.
¬ Eu? Tu é que devias. E agradecer-lhe pela educação que não te deu. Ao menos sabes ir às compras? Escolher fruta. Comparar preços? Ver a melhor carne?
¬ Não.
¬ Então, além do sexo e de perceberes de música e de cinema, tu serves para quê, ao certo…?


Por Paulo Farinha em Notícias Magazine

26 de fevereiro de 2017

Para hoje #1 Mais sorrisos


Objetivo para o dia de hoje: Mais sorrisos!

Implica dar e receber.
Quantos mais sorrisos distribuirmos, mais sorrisos encontraremos à nossa volta.

Vale a pena tentar. Quem alinha?

17 de fevereiro de 2017

Conversas lá de casa #21

- Mamã, o A. ofereceu uma flor à M. mas estavam lá 7 aranhas, tipo tarântulas bebé, e ela desatou aos gritos e a fugir!
- O A. deve ter apanhado a flor num jardim e essas têm insetos.
- Apanhou-a lá na escola!

Parece-me que este presente de São Valentim não conseguiu o objectivo pretendido.


31 de janeiro de 2017

E se Hitler vivesse no século XXI?

Adolf Hitler

Se Hitler vivesse no Século XXI:

- Fecharia as fronteiras
- Expulsava todos os que considerava pertencerem a "raça" inferior
- Rasgaria a Declaração Universal dos Direitos do Homem
- Aprovaria a tortura a prisioneiros
- Demitiria altos funcionários do Estado que estivessem contra as suas políticas
- Retirava direitos a minorias
- Construiria muros a separar povos
- Perseguiria os que considerava de raça inferior
- Perseguiria os que seguiam outra religião
- Retiraria direitos arduamente conquistados pelas mulheres
- Tornaria o mundo um lugar menos seguro

E nós? O que faríamos se Hitler vivesse no Século XXI?

23 de janeiro de 2017

Livro A Lua-de-Mel de Sophie Kinsella

Chega esta semana às livrarias o novo livro de Sophie Kinsella, a Lua-de-.Mel

Sinopse:

Jovens, com a sua pressa, as suas preocupações e a vontade de desejar todas as respostas.

Lottie tinha a certeza de que Richard, o seu namorado de longa data, ia pedi-la em casamento. Mas estava enganada. Farta de esperar, decide terminar a relação. O inesperado acontece quando Lottie, ainda a recuperar da desilusão, recebe um telefonema. Do outro lado da linha está Ben, um ex-namorado com quem fizera um pacto insólito no passado. Se, aos 30 anos (ou aos 33…), nenhum deles estivesse casado, casar-se-iam um com o outro. Para Lottie a mensagem é clara: o Destino está a uni-los!

Já Fliss, a irmã de Lottie, não tem tanta certeza disso. Ela sabe que, por detrás deste aparente ato arrebatado de paixão, Lottie tem o coração partido. Mas casar com alguém que não vê há 15 anos ultrapassa todos os limites. O problema é que o mal já está feito… A solução? Seguir o casal até à ilha grega de Ikonos e fazer os possíveis (e os impossíveis) para impedir a consumação da união.

Fliss rapidamente percebe que contrariar o Destino não é tarefa para os fracos de espírito, algo que ela acredita não ser. Mas à medida que o seu plano avança, uma dúvida paira no ar: estará ela preparada para pagar o preço pela intromissão?

A autora:


Sophie Kinsella começou a escrever aos 24 anos mas foi com a série Louca Por Compras que a sua carreira se firmou internacionalmente. Tem romances publicados em quarenta países, com um total de vinte e cinco milhões de exemplares vendidos. As razões do seu êxito são variadas: escreve com ritmo e graça sobre assuntos que tocam leitores em todo o mundo, nunca é previsível e diverte-nos sempre. Além disso, as suas histórias são românticas, com protagonistas tão reais que cremos inteiramente neles, apesar dos seus momentos mais disparatados. Sophie Kinsella é assim. Vive em Londres com o marido e a família.

Disponível nas livrarias e aqui.

1 de janeiro de 2017

Feliz Ano Novo

Feliz Ano Novo

Desejo a todos um excelente 2017.

Que seja bem melhor que 2016, um ano particularmente difícil que me deixa feliz ver pelas costas.

Este virar de página dá-me a esperança de escrever uma nova história em 2017.

Bom ano a todos!


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