27 de outubro de 2016

A carta aberta a Marcelo Rebelo de Sousa da jovem com média de 17,8 que ficou fora do curso de Medicina

Maria Barros, jovem com média de 17,8 que fica fora do curso de medicina
"Exmo. Senhor Presidente da República,

Escreve-lhe uma jovem de 18 anos, na hora em que frequenta o “Curso de Preparacion a la Universidad do Instituto Cervantes” e estuda para as provas de biologia, tendo como objetivo o acesso à universidade em Espanha. E fá-lo triste, porque a sua rotina não é a que sonhava e desde sempre sonhou para este ano da sua vida. Há 15 anos, ao arrastar a malinha de médicos de brincar pelo meu quartinho cor-de-rosa, já sonhava e ansiava pelo dia em que poderia começar a estudar para aquele que é o SONHO da minha vida. Mas aqui estou eu, apesar de ter terminado o ensino secundário com média de 17.8 valores, não estou na universidade. E não estou porque me recuso a conformar, a suportar a frustração de estudar algo pelo qual não sinto paixão, escolhendo outro curso só para dizer aos avós que estou na universidade. Por isso vou tentar noutro lado.

Se para muitos a universidade é o passo politicamente correto a dar a seguir ao ensino secundário, para garantir a "futura estabilidade financeira", e se para alguns é uma obrigação que vem da família, para mim não; o curso de Medicina é e sempre foi o que desejei para a minha vida. Poder ajudar os outros, tratar os que precisam, estudar para garantir que todos têm acesso aos melhores tratamentos é o que vou fazer, seja cá ou no outro lado do mundo. Porque eu quero, porque eu mereço, porque eu preciso. Fá-lo-ei porque sinto que este é o propósito da minha vida, e de forma alguma merece ser desvalorizado ou esquecido por um 16.3 no exame de Físico Química A e por um sistema injusto.

Ser médico é ser-se astuto, perspicaz, responsável, sensato e sensível. Requer destreza, coragem, desembaraço, vontade. Como é que se avalia tudo isto num exame de 2h que incide exclusivamente em conteúdos científicos? Quem é que avalia o lado humano?

Mas eu sou forte e não vou desistir. Esta é apenas a primeira adversidade da minha jornada na "vida dos crescidos". O que me aperta o coração é ver a minha mãe a tentar segurar aquela lágrima no canto do olho quando soube que por 0.3 valores a bebé com a bata de médica vestida não entrou no curso que quer. O que me dói é ver o meu pai, que sempre se esforçou por me mostrar a sorte que tenho em viver neste país, lindo, limpo, seguro, organizado, e me incentivou a agradecer cada dia por tremenda bênção, questionar a sua justeza. A justeza deste sistema. O que me assusta é ouvir os meus irmãos mais novos, que adoro mais do que tudo no mundo e que ajudo a criar, dizer que estão zangados; quando eles me perguntam “e agora, tens de ir para longe de nós para seres médica? Quanto tempo? Quem é que nos vai levar ao ténis aos sábados e a passear aos domingos de manhã? Quem é que me vai ajudar com os trabalhos de Matemática? Para que é que estudavas tanto, então, Maria?” Aí é que fico assustada.

Por muito difícil que seja, se o meu país não me concede a oportunidade de me formar onde nasci e onde pertenço, vou ter de pertencer a outro lado. Vou ter de agarrar na minha mochila cheia de sonhos e vontades e ideias e dedicação, pendurar-lhe o estetoscópio de plástico amarelo e verde de brincar, e partir. Atrás do meu sonho.

Eu perco, a minha família também. Mas Portugal também perde. E é por isso que lhe escrevo. Em nome de todos nós. Dos que não entraram por 5,4,3,2,1, 0,5 décimas. De todos os que dariam excelentes médicos de que o país precisa. Podíamos ter o melhor Sistema Nacional de Saúde do mundo. Mas há que mudar. Há que quebrar o ciclo vicioso que se baseia exclusivamente em interesses económicos. Não é a minha área mas parece-me senso comum que o que se passa está errado. Há falta de médicos mas as médias de entrada são desumanamente altas, pois as vagas são escassas. Os futuros médicos partem para outros países, como Espanha, formam-se e por lá ficam. E Portugal contrata médicos estrangeiros para colmatar o défice de profissionais que tem? Gasta-se dinheiro em tanta coisa, será assim tão impensável tomar medidas para que se alargue o número de vagas (consequentemente as médias desceriam e todos teriam mais oportunidades), formando mais médicos que adorariam continuar no seu país? Eu sei que formar um médico sai caro. Mas não foi para isso que os meus pais pagaram e pagam os seus impostos? Para que, entre outras coisas, os filhos possam ter a formação que desejam?

Quero um dia poder dizer aos meus filhos que, para além de lindo, organizado e seguro, Portugal é justo! E que merece que lhe dediquemos os nossos sonhos e que todos juntos lutemos para que seja um país melhor. Quero um dia poder perguntar a um dos meus filhos o que quer ser quando for grande e ouvir MÉDICO, sem um aperto no coração. Não me quero ir embora."

Maria Barros, in Visão

24 de outubro de 2016

Mau tempo


Depois de uma manhã de sol, numa das abertas possíveis, o vento aumenta na zona de Lisboa. O forte mau tempo que tem vindo a fustigar os arquipélagos dos Açores e da Madeira atinge hoje a região de Lisboa. E o vento forte já se faz sentir.

Para acompanhar online neste modelo interativo dos ventos e pressões atmosférias terrestres.




20 de outubro de 2016

Innéov Pre-Hyaluron: Oferta Desconto

Innéov Pre-Hyaloron
Tal como vos contei aqui, estava ansiosa por receber o kit de experimentação Innéov Pre-Hyluron. Um suplemento nutricional que promete trazer de volta a produção de ácido hialurónico da nossa juventude.

Innéov Pre-Hyaluron
Infelizmente esta entrega não correu como deveria. Estava à espera do kit desde Setembro. Ao fim de várias semanas, vários telefonemas da transportadora, os senhores que fazem a entrega conseguiram finalmente perceber como tocar na campainha do meu prédio. Não sendo a típica campainha, não é ciência de ponta já que sempre conseguiram fazer contagens de água, gás e eletricidade.

O importante é que o Kit chegou e agora tenho Innéov Pre-Hyaluron para experimentar durante um mês e também vales de 5€ de desconto para oferecer. Quem acaba por ficar prejudicado com este atraso são os leitores do blog.

Estava a pensar fazer um passatempo para oferecer estes vales mas já não será possível. Os cupões têm a data de validade de 31 de Outubro de 2016. Assim, quem quiser receber um destes vales e dar a sua opinião sobre esta campanha e possa levantar o vale em Lisboa, só tem de seguir o blog na web e Facebook, e preencher os seus dados neste formulário:



Já sabem, terão de levantar o cupão de desconto em Lisboa nos próximos dias.
A validade do cupão de desconto termina a 31 de Outubro de 2016.

Sei que não dá muito tempo para experimentar o produto e dar opinião, mas é o possível tendo recebido o kit tão tarde. Vamos todos fazer o melhor que pudermos e partilhar as nossas experiências.


13 de outubro de 2016

Os Segredos da Tia Cátia

Os Segredos da Tia Cátia, Cátia Goarmon

Para Cátia Goarmon cozinhar só faz sentido se for para os outros, se servir como um laço que une famílias e um nó que reúne amizades.

A autora, que foi uma das participantes de grande destaque da edição portuguesa do programa de televisão Masterchef, que ficou conhecida por Tia Cátia. Cátia Goarmon é uma apaixonada por comida "desde pequenina", foi finalista do programa Masterchef confessa-se fã de Manuel Luís Goucha, Marcelo Rebelo de Sousa e... da sopa da pedra da sua mãe. Tem 43 anos e é a cara do programa da 24KitchenOs Segredos da Tia Cátia”.

Os Segredos da tia Cátia é um livro composto por 82 receitas de comida de conforto e sofisticação apresentadas em 25 dias temáticos.

Com este livro, Cátia Goarmon dá-nos a conhecer a sua grande paixão, a sua cozinha. Dividido pelas quatro estações do ano e através de menus temáticos, como o baby shower ou o brunch, vamos degustar com os olhos a verdadeira comida de conforto, nacional e internacional, mas sempre com um toque pessoal de requinte e sofisticação. Incluí receitas também vegetarianas.

O lançamento do livro é dia 13 Outubro, pelas 18h30, na Livraria Buchholz, em Lisboa.

Vai estar à venda nas (boas) livrarias e aqui.


2 de outubro de 2016

Sou grata por viver no melhor país do mundo


A comemorar este início de outono com sabor a verão. Se celebro o início dos quentes raios de sol, também devo celebrar aqueles que acreditamos serem os últimos. Ou não acreditamos, mas vivemo-los como se fossem os últimos.

Estar em Outubro a torrar na praia como em Julho, a mergulhar nas águas quentes como em Agosto são mais que motivos para celebrar.

Lembrar-me sempre de agradecer por viver no melhor país do mundo!

Não. Não me venham com lamurias da crise. Vivemos no país mais bonito, com mais sol, com o céu mais azul. Posso ainda acrescentar, um dos países mais seguros, mais tolerantes e mais equilibrados do mundo.

Sou grata à vida por aqui ter nascido e por aqui poder criar os meus filhos.


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